O que sei

o que sei

De verdade nada entendo
O que presencio se contradiz
Talvez sejam todos eles vis
E de algum jeito eu me defendo

Do amor eu nada sei
Mas identifico a cicatriz
Às vezes ferimentos tão sutis
Que eu sequer desconfiei

Dessa vida sei quase nada
Não há ensaios, não tem bis
E eu estou aqui por um triz
Em cartaz por uma temporada

Só sei que preciso pouco pra ser feliz:
Uma casa, um jardim e um chafariz
A família reunida e amigos gentis
Bons livros e o amor, minha força motriz

4 Responses

  1. B. disse:

    Tocante. Lindo.

  2. Miguel Jacó disse:

    Boa noite Vânia, seus versos nos evidenciam a nossa fragilidade humana, onde somos sujeitos as obscuridades da vida sem aviso prévio algum, contando apenas com a nossa sorte, e muito mais com a nossa ousadia, parabéns pelo redundante poema, um abraço, MJ.