Sabiá

Sabiá
Não ouviste um pio triste e perdido?
Não sentiste um medo de fenecer?
Era a sabiá, que entrou sem saber
E teve medo do desconhecido

Silêncio… Teria ela morrido?
Ou saiu para a vida florescer?
Devia estar cansada de sofrer
Na prisão, a vida perde o sentido

Mas ela voltou e aqui fez seu ninho
Protege a cria da chuva, do sol
E do gavião, o predador vizinho

Quero me remir, como a sabiá
Desta sina triste de rouxinol
E em nosso ninho de novo pousar

4 Responses

  1. B. disse:

    LIndo!

    Já estava com saudades da sua poesia…

  2. Miguel Jacó disse:

    Boa noite Vânia, seus versos enredam a vidas circundada por circunstâncias adversas pelas quais sobrevivem apenas quem implementa um dinamismo capaz de romper as intemperes naturais desta natureza complexa, e competitiva, parabéns pelo redundante poema, e primorosa ilustração, MJ.

    • Vania Gomes disse:

      Obrigada, querido poeta!
      É exatamente isso: as circunstâncias podem parecer adversas, mas um pouco de criatividade pode nos trazer segurança.
      Grande abraço.