Algoz

algoz
Eu, que sempre fui moça faceira
Fantasma de amor de novo me enlaça
E eu, que nunca fiz o tipo devassa,
Jamais hei de parecer uma freira
Tu, verdadeira rede traiçoeira
Te armas de doçuras e me caças
Já me enganaste, caí em desgraça
Sofri, mas não perdi as estribeiras
Não sou mais um simples Passarim
Atrás da flor perfeita, de meu néctar
Demorou, mas sou ave esperta, enfim
Cresci e não caio presa em tua teia
Escapei da tua cantada incerta
E agora sou o algoz que te estapeia

4 Responses

  1. Mais um lindo soneto, querida poetisa!
    Leve como o (passarim) do teu verso…
    beijos meus.
    Nadir

  2. Cristiane Campos disse:

    Cada dia melhor!!!!