É ruim, mas é bom

É ruim mas é bomCedi. A pressão foi grande e, também, a vontade de acompanhar e apoiar o novo negócio de uma amiga. Atenção, amigos e leitores, agora tenho uma conta no Instagram.

Não sei quantos anos durou minha brava resistência, mas foram muitos, desde que o Instagram existe. Familiares e amigos sempre me diziam que eu deveria ter uma conta nessa rede social. Ocorre que seria uma coisa a mais para administrar e, por isso, me recusava a participar. Nem mesmo quando minhas filhas foram morar um tempo fora do país, cedi à tentação de acompanhar suas aventuras por meio do Insta. Elas, fofíssimas, mandavam (e mandam) fotos pelo Whatsapp. Ter mais uma rede social pra quê?

Um dos argumentos que me apresentavam é que eu poderia ter mais espaço para divulgar meus escritos. Assuntei, mas soube que o Instagram não permite colocar um link de uma crônica, por exemplo. Então, não interessava, porque eu queria que as pessoas lessem o texto, visitassem meu site.

Com o passar do tempo, vi que quase ninguém visita o meu site, oh, tristeza! Então, poder colocar ou não um link no Instagram não faz a menor diferença. Diferença faz, sim, no meu tempo de produzir conteúdo específico para a rede social mais acessada do Brasil.

Conteúdo específico? Ora, descobri que o Instagram não é tão simples de manejar para quem, como eu, quer divulgar seus escritos e a Literatura. Porque essa rede é de fotos, não de textos. O que faz aumentar um pouco mais o tempo dedicado à administração.

Apesar de minhas dificuldades com a escassez de tempo e com os skills tecnológicos, avalio que estou me saindo até bem e ainda me divirto. Revisito escritos antigos, que posso revisar e divulgar. Além disso, também busco as frases que destaco em livros que leio — saibam, eu li em um livro todas as frases que posto de outros autores: copio só deles mesmos. Em poucos dias, já mandei Clarisse, Quintana e Machado de Assis — sarcástico como nunca.

Estou realmente admirada com o raio de alcance do Instagram — bem que me avisaram. Compartilhei algumas postagens nas duas redes — Insta e Facebook — e foi surpreendente como obtive mais curtidas na rede das fotos.

Outra coisa que achei incrível é como tem gente que não faço a menor ideia de quem se trata me seguindo, em pouquíssimos dias de exposição. Obviamente, devido ao conteúdo majoritário de minhas postagens, minha conta é aberta: a princípio, todo mundo aprovado para me seguir, oba!

Também me divirto com as postagens do povo que sigo. Um barato! Adicione-se a isso a preparação para minhas postagens: achar uma foto, inserir o texto nessa foto, adequar para o formato certo que o Instagram aceita. Leva tempo, e isso é ruim, mas quase tudo é bom e, só por isso, me parece que vale a pena.

Quem quiser me seguir: @vaniagomes1974