Até nunca mais!

novoselodf

Não, não é nem um pouco bom ou agradável afastar um, no caso, uma presidente. Mas fez-se necessário e, mais do que isso, urgente.

Dilma não caiu sozinha, nem é a única culpada pela desgraça em que o país se encontra. Ela fez parte e trabalhou para um projeto muito maior. Tampouco é ela a líder do tal projeto, mas foi a escolhida para ser o instrumento “transitório” até a volta do verdadeiro chefe, que já faz planos para 2018. Por sorte, a sociedade acordou a tempo de evitar ver o país completamente engolido pela catástrofe de uma política disfuncional, e seus representantes expressaram o desejo da maioria em seus votos no Parlamento, cumprindo um dever institucional estabelecido na Carta Magna. Ainda respiramos, ufa!

Nos últimos cinco anos e meio, e mais enfaticamente no último ano, o Parlamento e a sociedade brasileira foram achincalhados pela contradição entre o discurso e as ações de governo. Falou-se em um ajuste fiscal que jamais ocorreu — o nome forte chamado para comandar esse ajuste foi queimado impiedosamente. Falou-se em redução dos cargos comissionados de livre provimento e estes só aumentaram — hoje somam quase 24 mil. Zombaram de nós utilizando a máquina pública para satisfazer desejos burgueses, viabilizados com a corrupção sistemática. Maquiaram as contas públicas, pedalaram com o dinheiro que é de todos e, agora, o déficit anual atingiu a ordem de R$ 100 bilhões! Esse foi o verdadeiro golpe. E as verdadeiras vítimas somos nós, 200 milhões de brasileiros que ficamos com uma conta enorme para pagar, numa situação de desemprego e inflação crescentes aliados à falta de investimento externo. Será muito difícil, mas temos que começar. E o único jeito é mandando embora essa tigrada corrupta e incompetente.

Admitir “erros” dessa magnitude? Nunca! É mais fácil acusar a Rede Globo, é mais fácil rotular o Temer e posar de vítima do Eduardo Cunha. A máquina difamatória petista é eficientíssima, o arsenal de mentiras é infinito — foi assim que eles ganharam a última eleição. E é exatamente dessa mesma forma que irão se comportar daqui em diante. A diferença é que agora o povo sabe disso e sabe também que os aparelhados “movimentos sociais”, definitivamente, não representam a maioria da população e, portanto, não podem governar.

Em seu discurso, o Senador Reguffe (DF) deixou claro que “o nome do regime em que o governo pode fazer o que quiser é ditadura”. E, para muitos, é exatamente isso o que o PT representa. Durante 13 anos e meio convivemos com um governo que demonstrou seu desprezo pela Constituição e pelas instituições por ela estabelecidas. Felizmente, os militares brasileiros se mantiveram no estrito cumprimento de seu dever constitucional, pois se comungassem das mesmas ideias dos governos petistas, poderíamos estar vivenciando uma ferrenha ditadura, com todas as suas características, incluindo prisões políticas e torturas. Vamos lembrar que o governo do PT sempre apoiou o regime chavista da Venezuela, e o que temos lá? A única diferença é que o exército venezuelano apoia o regime.

A Operação Lava-Jato ainda vai mostrar muita coisa.  Esse afastamento da presidente não significa o final da corrupção — infelizmente, não é assim tão “fácil”. Mas é um bom começo, porque tira do poder um grupo que fez dos métodos corruptos o modus operandi de governar. O PT caiu do mais alto patamar, quiçá tenha ruído de vez, sem condições de se refazer no médio prazo, e não volte a ocupar o cargo máximo de nossa República. Tchau, até nunca mais!

Bom fim de semana!