Cadeia

 

Cadeia


– Sou a leoa noturna,
Com ares de mistério.
Ataco a presa, soturna…
Sou a dona do meu império.
Quando me vejo, diurna,
Tomo um ar sério.
Levo a presa para a furna:
Escolho com critério!

– Sou a pacata gazela,
Com ares de despreocupada.
Com minha beleza singela,
Sou a calma encarnada…
Tomo um ar de mansa donzela e
Exibo meu corpo, malhada.
E se me vem fatídica mazela,
Escapo em ligeira disparada!

– Sou a verde savana,
Com ares de leveza.
Em meus domínios sou soberana:
Escondo ou revelo a presa…
Em toda caçada quotidiana
Tomo um ar de crueza.
E quando reina paz ufana,
Protagonizo encantadora beleza!

– És a fonte de toda energia
Com esplendorosa onipotência!
És a Luz, clarividente magia…
És o ritmo da melodiosa cadência…
Ao tempo em que és pura letargia,
És também forte efervescência!
Tu és digno de toda idolatria:
Sol! És Amor em toda tua essência!