Soneto de carnaval
É momento da festança geral
Quando o povo se ajunta aglomerado
Música feia e fedor ao meu lado
Lá vou eu no bloco de carnaval
E no meio dessa farra animal
Com aroma de urina sou brindado
Premiado com um vômito aguado
Vindo de uma morena sensual
Já não existe mais a linda Colombina
Não sou mais o Pierrô apaixonado
O mau gosto destruiu o meu astral
Mas tudo acaba na quarta divina
Que Deus perdoe os dias de pecado
E de alegria deste pobre mortal