Odeio a lua cheia
Odeio a lua cheia, alva e brilhante
Aquele brilho falso, que inexiste
Que instiga a paixão nos bobos amantes
E que inspira o poeta tolo e triste
Odeio a luz que desvenda os semblantes
Que expõe os gatos que já foram pardos
E induz um sentimento felizardo
Fingindo um amor que nunca foi antes
A noite precisa tanto das trevas
Como o corpo do escuro que descansa
No sono que os maus sentimentos leva
A lua cheia é a má companheira
Que seduz com toda a sua pujança
E é desculpa para muita besteira
(Inclusive este poema!)
(mesmo gostando da lua cheia): Que ótimo!